O fenômeno da bike
É impossível negar que as bicicletas fazem parte da vida da maioria das pessoas. Não é difícil achar uma pessoa que pediu aos pais, quando criança, uma “bike” de presente. Esse meio de transporte vem revolucionando a nossa maneira de pensar sobre mobilidade urbana, saúde e bem-estar.
Desde sua primeira aparição, em Paris, em 1818, o “cavalinho-de-pau”, como era chamada a bicicleta, demorou muito até se tornar a bicicleta que conhecemos hoje, passando por várias transformações estéticas e de funcionalidade até chegar ao modelo atual, apenas em 1880. Naquela época, as bicicletas eram usadas, em sua maioria, por operários e trabalhadores no geral, que não contavam com um meio de transporte mais funcional que a famosa “magrela”.
Seus benefícios
Não apenas beneficia o ser humano, como também o planeta. A bicicleta é o meio de transporte que consegue unir praticidade, ecologia e saúde em um só – não é à toa que ela é usada por muitas pessoas que, mesmo podendo adquirir um carro ou utilizar o transporte público, optam por dar umas pedaladas.
Estudos apontam que pedalar cerca de 40 minutos três vezes por semana, seja por diversão ou trabalho, garante uma vida muito mais saudável ao praticante, sem falar nas incontáveis vantagens ao organismo, por deixar de lado o sedentarismo. Alguns especialistas explicam que a prática do ciclismo pode ser comparada a corrida, caminhada ou qualquer outra atividade que queime muitas calorias, melhorando o condicionamento físico, a resistência muscular e a frequência cardíaca.
Em cidades mais populosas e com grande índice de carros, muitas vezes, a bicicleta, além de tornar o trajeto muito mais eficiente e rápido, auxilia na diminuição da emissão de gases poluentes e na economia de dinheiro, já que não se gasta nada com combustível e a manutenção é extremamente barata.
Os números não deixam dúvidas
Os países que apresentam um maior número de adeptos ao ciclismo, como a China, a Bélgica, a Suíça, o Japão, a Finlândia, a Noruega, a Suécia, a Alemanha, a Dinamarca e a Holanda, são considerados mais seguros para a prática. Na Holanda, por exemplo, a cada 10 pessoas, nove utilizam a bicicleta. Na Bélgica, elas são tão importantes quanto os carros. Na Suíça, 10% da população vai ao trabalho de bicicleta.
Os projetos de mobilidade urbana que incluem a bicicleta são os mais almejados nos planos políticos. Por exemplo, na cidade de São Paulo, são mais de 400 km de ciclovias espalhadas. Em Curitiba, são cerca de 190 km de faixa cicloviária, sem contar os inúmeros projetos para aumentar ainda mais esse número.
Em algumas cidades, o próprio governo dispõe bicicletas para uso comunitário, sem contar as empresas que trabalham com o serviço de “aluguel de bicicletas”, em que a pessoa pode alugar o transporte por um período e devolver depois. São projetos e números como esses que mostram a importância da bicicleta no dia a dia das pessoas e como ela está inserida em nossa história desde muito tempo, resistindo às novas tecnologias e adaptando-se às diferentes tendências.